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Empreendedorismo
27 de maio de 2022
Gestão financeira empresarial: como deixar a sua empresa no azul?
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Getrak
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A gestão financeira empresarial é fundamental para o crescimento sustentável do negócio. Em grandes empresas ela costuma ser estruturada e suas práticas bem definidas, contudo, em pequenos negócios, vemos que essa disciplina é algo que, infelizmente, pode ser o motivo de tantas organizações fechando as portas.

Independente do tamanho da empresa, é necessário que a gestão financeira seja gerenciada de forma profissional e estratégica. Pois assim, ela poderá ser uma ferramenta para crescimento sustentável e permanente da organização.

Por ser tão importante, criamos um guia de gestão das finanças, principalmente para pequenas empresas. Aqui, falaremos sobre estoque, fluxo de caixa, capital de giro e outros detalhes fundamentais para o crescimento saudável e sustentável da empresa. Vamos lá?

O que é a gestão financeira?

A gestão financeira empresarial consiste no planejamento estratégico, no controle e no acompanhamento das finanças de uma empresa. Ela pode ser dividida em gestão operacional, estratégica e é responsável por garantir a saúde financeira do negócio, bem como definir investimentos ou cortes de gastos.

Dentro da gestão financeira das empresas estão contidos alguns termos, são eles:

  • margem de contribuição;
  • contabilidade de custos;
  • receita operacional;
  • ponto de equilíbrio;
  • despesas variáveis;
  • projeção de vendas;

A seguir vamos entender cada um deles.

Margem de contribuição

Margem de contribuição, ou ganho bruto, – é o indicador financeiro que mostra se a receita da empresa é suficiente para arcar com todos os custos e ainda obter lucro. Em outras palavras, a margem de contribuição é a medida que mostra quando o lucro de cada produto contribui para o pagamento das contas e o lucro da organização.

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Com base nessa informação é possível saber, por exemplo, quanto é necessário vender para não ficar no prejuízo. A fórmula para a calcular a margem de contribuição é a seguinte:

Margem de contribuição = Preço de Venda – Custo variável do produto

Para calcular o custo do produto basta somar os gastos com matéria prima, funcionários envolvidos na produção, custo de manutenção básica da operação (água, luz, internet e etc).

Contabilidade de custos

Como o próprio nome já diz, a contabilidade de custos nada mais é do que identificar e listar todos os custos necessários para que a empresa consiga ofertar o produto ou serviço aos seus clientes. 

Em uma visão mais aprofundada, além de listar é possível entender como estes custos se comportam a fim de propor otimizações e melhorias que tem como objetivo a redução dos gastos e a eficiência financeira. 

Receita operacional

A Receita Operacional Líquida (ROL) é um elemento da receita líquida da organização, que corresponde ao valor recebido pela venda dos produtos e serviços comercializados. As receitas operacionais são, portanto, os valores que estão ligados diretamente à atividade fim da empresa. 

É importante entender qual é essa receita, pois, a partir dela é que conseguimos identificar se a produção ou realização do serviço está com o custo elevado, ou se o preço de venda não está compatível com a realidade do negócio.

Ponto de Equilíbrio

O ponto de equilíbrio financeiro é o indicador que mostra quando a receita total da empresa é exatamente igual a todos os custos e despesas. Ou seja, o seu negócio estará equilibrado quando conseguir pagar todos os seus custos, despesas e fazer as retiradas para os sócios, sem a necessidade de recorrer ao capital de giro. 

Esse indicador serve como referência para entender, por exemplo, se a política de preços está adequada, se é necessário aumentar ou diminuir a produção e vários outros pontos. O ponto de equilíbrio financeiro é apenas uma referência e não uma meta. O objetivo é sempre ter lucro com o seu negócio, certo?

Despesas variáveis

Parece óbvio, mas é um dos pontos que mais trazem transtornos financeiros para a gestão financeira da empresa. Isso porque elas podem sofrer um aumento repentino e modificar todo o planejamento estratégico de um período. 

As despesas variáveis são aquelas que oscilam mensalmente e geralmente estão ligadas à produção ou entrega de um produto / serviço. Alguns exemplos são o preço do frete, alimentação dos colaboradores, contas de energia, combustível e todas as despesas que envolvem a infraestrutura da empresa. 

Projeção de venda

O conceito de projeção de vendas, ou planejamento de receita, é a quantidade de produtos \ serviços que a empresa pretende vender em determinado período. Essa métrica é importante para determinar novos investimentos, gastos e até novas contratações. 

Agora que já entendemos os principais conceitos da gestão financeira, veja se você consegue me responder a pergunta a seguir. 

Por que você deve entender o fluxo de caixa?

Entender o fluxo de caixa vai ajudar a ter maior controle de todas as movimentações financeiras da sua empresa, contemplando a entrada e a saída de capital. Essa gestão precisa ser feita de forma periódica, de acordo com o modelo de negócio e as demandas da empresa.

Existem empresários que fazem a gestão de caixa diariamente. Outros, optam por fazer semanalmente. Em casos de empresas menores, pode ser feita até quinzenalmente ou mensalmente. O importante é ter a recorrência do controle do fluxo de caixa para identificar as movimentações e conseguir entender como são as sazonalidades do seu negócio.

Quando entendemos essas movimentações e a sazonalidade, é possível ter um plano de prevenção. Por exemplo, se você percebeu que em abril as suas vendas são muito baixas e acabam prejudicando o controle financeiro daquele mês e do seguinte, você precisa se preparar e se planejar para passar por esse momento de menos vendas.

O controle do fluxo de caixa também permitirá que você tenha uma visão mais transparente do que precisa ser pago e o que precisa ser recebido, considerando sempre todas as despesas do mês e todas as contas a pagar, incluindo os tributos.

Como controlar e analisar estoque?

Ter um controle bem feito do giro de estoque é parte importantíssima da gestão financeira do seu negócio. Isso porque ter um estoque cheio de produtos não comercializados é, na verdade, ter dinheiro e potencial de lucro parados na estante.

Além disso, estoque cheio pode significar falta de liquidez na empresa: se você não está vendendo bem, e o estoque permanece parado, como conseguirá manter as responsabilidades financeiras do seu negócio?

O estoque precisa ser equilibrado: ter a quantidade de produto ideal para conseguir atender às demandas dos clientes, considerando as sazonalidades da sua empresa, com um cálculo estimado para ter segurança até que novas mercadorias cheguem quando necessário.

Com um controle de estoque inteligente, você conseguirá saber exatamente a quantidade de novos produtos que precisam ser reabastecidos, considerando todas as particularidades da sua empresa.

Se o seu negócio comercializa mais de um produto, é preciso ter o cuidado de fazer análises separadas de cada um deles. Isso garante que você entenda, exatamente, quais são as particularidades deles e como se preparar para os mais diferentes momentos do ano.

Como fazer a gestão de clientes?

A gestão de clientes também é um fator que implica diretamente na gestão financeira da empresa. Afinal, sem a clientela, como é que as vendas serão feitas e a empresa alcançará o sucesso esperado?

Por isso, é preciso que você esteja atento a uma boa gestão, considerando realizar não só a captação de novos clientes, como também, a manutenção dos que já existem. Estreitando assim o relacionamento e fidelização dos consumidores..

O primeiro passo para fazer a gestão de clientes é se manter próximo deles. Nessa tarefa, é importante que você entenda quem são essas pessoas e quais são as expectativas de cada uma delas com a sua empresa, produto ou serviço. Mantenha sempre a qualidade, e crie relacionamentos transparentes com seus clientes.

Quais são os cuidados com os tributos?

Outro cuidado fundamental para garantir finanças equilibradas e em dia dentro da sua empresa é o cuidado com as obrigações contábeis. É importante que você entenda qual é o regime tributário em que a sua empresa se encaixa e quais são as suas obrigações mensais junto à Receita Federal.

Dessa forma, você ficará em dia com o fisco e evitará que multas e juros sejam aplicados, caso haja erros. É importante considerar a possibilidade de contratar uma contabilidade para auxiliar nesses cuidados.

Como reduzir a necessidade de capital de giro?

Para ter uma vida financeira equilibrada, a empresa precisa considerar a possibilidade de reduzir a necessidade de capital de giro. Para isso, é preciso prestar atenção a seis detalhes que farão a diferença no seu caixa:

  • giro de estoque;
  • controle de custos;
  • pagamento de fornecedores;
  • recebimento de clientes;
  • gestão pelas diretrizes;
  • gestão e controle de empréstimos.

Giro de estoque

Já explicamos, anteriormente, que o estoque parado com vendas que não caminham dentro do esperado pode significar grandes problemas para os empreendedores. Isso porque se trata de dinheiro estagnado e prejuízos na certa!

Para reduzir a necessidade de giro de caixa, é necessário aprender a comprar apenas o que for necessário para seu armazenamento, aumentando, dessa forma, o giro de estoque do seu negócio, e reduzindo o potencial de prejuízos por mercadoria parada.

Para fazer as compras em proporções corretas mensalmente, é preciso conhecer as sazonalidades do seu mercado e entender em quais períodos os investimentos precisam ser maiores.

Controle de custos

Ter maior controle de custos vai ajudar a reduzir a necessidade de capital de giro na sua empresa. É preciso que você entenda exatamente como estão as suas despesas, onde estão os seus maiores gastos e quais são as maneiras de reduzir esses custos, sem impactar a qualidade do que você entrega para seus consumidores.

Para fazer esse controle de custos, é preciso que você organize o fluxo de caixa da sua empresa, pontuando despesas, vendas, pagamentos, fornecedores, emergências e outros detalhes.

Pagamento de fornecedores

Para ter uma vida financeira mais organizada, é importante ter um bom relacionamento com os fornecedores. Nesse momento, renegocie os prazos, visualize se realmente é necessário fazer compras em longa escala devido a possíveis descontos.

Busque opções mais interessantes para postergar o acerto de contas. Dessa forma, você terá mais dinheiro em caixa por mais tempo, tendo a oportunidade de vender o que foi comprado e usar esse valor para pagar os fornecedores.

Ter uma boa relação com essas empresas permitirá que você conquiste condições mais interessantes para o seu negócio.

Recebimento de clientes

Para estimular o pagamento dos clientes, é necessário desenvolver estratégias para fazer com que o dinheiro entre mais rápido no caixa da empresa. Algumas alternativas são: 

  • adiantar recebíveis;
  • reduzir a quantidade de parcelas das vendas;
  • oferecer descontos para aqueles clientes que pagam à vista, em dinheiro;
  • estimular que os clientes paguem via transferência bancária ou por cartão de débito.

Gestão pelas diretrizes

É importante que todos os colaboradores estejam por dentro das estratégias e objetivos da sua empresa. Toda a sua equipe, independente dos setores, precisa saber quais são as metas do negócio e entender como alinhar suas rotinas a esses resultados esperados.

Gestão e controle de empréstimos

O controle de empréstimos também precisa ser feito de forma minuciosa. Se você realizou alguma operação desse tipo, é preciso se organizar para quitar o mais rápido possível. Assim, evita que se torne uma bola de neve e você perca o controle dos juros e correções que podem surgir.

Como criar um planejamento financeiro?

Para criar o planejamento financeiro da sua empresa, é fundamental definir o objetivo do seu negócio. Pode ser, por exemplo, a redução de custos da empresa.

O planejamento visa ajustar as metas do negócio para se adequar à sua realidade e ao objetivo definido. Após isso, é hora de determinar quais serão as estratégias adotadas para que as metas se concretizem. 

Com objetivo e ações definidas, também é necessário definir quais serão as métricas que vão ajudar a mensurar os resultados do seu negócio. Assim, você conseguirá visualizar quais são as ações que estão trazendo resultados, quais não estão sendo positivas e, a partir daí, reestruturar as atividades para os próximos meses.

Como definir um orçamento financeiro?

Além de elaborar o seu planejamento financeiro, é preciso estabelecer um orçamento. Ele vai ajudar a visualizar de forma mais global e transparente tudo o que acontece na sua empresa, além de conseguir identificar e definir quais são os setores de maior importância para o seu negócio.

Com o orçamento financeiro definido, você saberá exatamente o quanto pode ser gasto todos os meses, definindo, assim as prioridades, de investimento. Esse controle permitirá que você evite gastar mais do que o planejado, reduzindo as chances de rombo e surpresas negativas no seu caixa ao fim do mês.

Quais são os erros mais comuns na gestão financeira e como evitá-los?

Infelizmente, ainda não são raros os casos de micros e pequenos empresários que se embolam nas finanças da empresa e acabam cometendo alguns dos erros mais comuns. Será que você está cometendo algum deles sem saber? Confira os mais recorrentes e veja o que precisa ser mudado urgentemente no seu negócio.

Não separar as contas da empresa das contas pessoais

O erro mais comum é não separar as contas da empresa das contas pessoais dos gestores. Isso acontece, muitas vezes, porque é comum que o empresário seja, também, o responsável por organizar as finanças do negócio.

O resultado é uma mistura completa, capaz de onerar o fluxo de caixa e comprometer completamente o funcionamento da empresa. O correto é definir qual será o pró-labore do empresário, e permitir que apenas esse valor seja usado pelo empreendedor. O restante é da empresa, para fazer investimentos, manter o capital de giro e melhorar a organização do negócio.

Não conhecer o fluxo de operações na empresa

Não conhecer o fluxo de trabalho dentro do próprio negócio parece absurdo, mas é mais comum do que se pensa. Infelizmente, muitos gestores não sabem ao certo quais são as operações que acontecem dentro da empresa.

Quando você consegue visualizar todos os processos internos, é possível identificar onde estão os maiores gargalos do seu negócio. A partir daí, repensar essas etapas e encontrar o que precisa ser mudado para que o negócio caminhe da melhor maneira possível, identificando problemas e aprendendo a criar estratégias para lidar com cada um deles.

Não ter um controle de estoque eficiente

Falamos muito de controle de estoque ao longo deste artigo, e precisamos repetir: negligenciá-lo é um dos erros de gestão financeira mais comuns e mais fatais para o seu negócio. Esse dinheiro parado poderia estar sendo usado para investir em ações que prometem resultados muito mais reais e significativos.

Sempre avalie o fluxo de caixa e estoque da sua empresa e identifique, ao longo do ano, quais são os momentos de maior e menor fluxo de clientes e vendas. Com isso, você entenderá como é a sazonalidade do seu negócio e, a partir daí, tomará as decisões mais adequadas na hora de repor estoque e entrar em contato com fornecedores.

Muitas vezes, vale mais a pena fazer mais compras recorrentes do que uma grande aquisição com desconto: dessa forma, você mantém o capital girando e evita que muita mercadoria fique parada, impedindo as vendas e o crescimento do seu negócio.

Gestão financeira para pequenas empresas?

A gestão financeira é a base do crescimento saudável e próspero de um negócio. Independentemente se estamos pensando em microempresas ou empresas de pequeno, médio ou grande porte, dos mais diversos mercados, é preciso que todo o controle e planejamento financeiro sejam pensados estrategicamente.

Dessa forma, os empresários conseguem realizar novos investimentos, fortalecer os setores, reorganizar a instituição, reduzir gastos desnecessários, otimizar e adequar corretamente os recursos, e muito mais. Infelizmente, não é raro encontrarmos empresas que têm a estrutura financeira desorganizada. Isso é comum em diversos portes, mas os pequenos empresários acabam sendo os que mais falham nesse quesito.

Esse é um conceito básico do empreendedorismo, por mais que a sua empresa tenha um bom potencial de vendas e clientes fiéis, se não houver controle e gestão financeira eficientes, é muito difícil que o crescimento seja sustentável e duradouro. Muitos negócios fecham as portas porque declararam falência, mas isso não significa que não existiam vendas: apenas que os custos e a organização financeira estavam comprometidos.

É preciso, também, avaliar o contexto do mercado e a economia do país. Esses aspectos influenciam diretamente os resultados da empresa. Um bom empreendedor precisa estar preparado para trabalhar com uma base financeira muito bem estruturada e organizada, para que as empresas consigam passar por possíveis crises e dificuldades econômicas de forma menos turbulenta.

Para isso, é preciso investir em estratégias diferentes e eficientes de gestão e organização. Isso permite que sejam criadas, também, medidas preventivas para conseguir passar por todas essas possíveis complicações sem problemas.

Conclusão

E então, já se tornou um expert em fazer a gestão financeira empresarial? Saber como controlar as finanças de forma eficiente é fundamental para um crescimento sustentável e saudável. Com as informações deste guia, temos certeza de que você estará no caminho certo!

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